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Coleira não serve só para conduzir e enfeitar os cachorros
Para cumprir sua função, acessório deve se adequar ao porte, à raça e ao comportamento

Valeska Mateus

O weimaraner Duff usa coleira que funciona como espécie de cabresto que facilita o controleO weimaraner Duff usa coleira que funciona como espécie de cabresto que facilita o controle

A coleira da cadela Vida, da top Gisele Bundchen, ficou famosa pelos seus cristais swarovski. O acessório tornou-se um adereço que muitos donos até personalizam para seus cães. Mas, além da questão estética, a coleira precisa garantir conforto e segurança ao animal e às pessoas. Por isso, ao escolher o modelo é preciso levar em conta porte, raça e comportamento do animal.

'A coleira tem a função de conduzir o cão durante os passeios e restringir seu acesso a situações de perigo. A estética é secundária. O importante para o acessório é ser leve, resistente, confortável e seguro para o cão', ensina o adestrador André Barreto.

Para cães que não têm o hábito de puxar a coleira, um modelo apenas com a função de apoiar o animal é suficiente. 'Na maioria dos casos uma guia e uma coleira de nylon leves, confortáveis e resistentes resolvem', fala Barreto.

Fábio Crestani Pereira, proprietário da Bichos e Caprichos, ressalta que a qualidade do material, das costuras e do fecho, bem como a forma de regular o tamanho da coleira também são itens importantes.
'O modelo deve respeitar a anatomia do cão, suas limitações físicas, precisa ser confortável, permitir fácil acesso para ele cheirar, movimentar-se e ter tamanho suficiente para evitar que haja tensão na guia ou coleira durante o seu uso', ressalta o adestrador.

A peitoral é a melhor opção para cães pequenos. 'Mas como o peitoral estimula o cão a puxar, quanto maior ele for, maior será a dificuldade para conduzi-lo', alerta Barreto.

O principal risco da escolha errada é o animal conseguir escapar do acessório.  'A coleira de pescoço em raças muito pequenas pode sair do animal, principalmente se o ajuste não está adequado', cita Pereira.

Comportamento
Alguns modelos têm também a função educativa, como é o caso do 'enforcador', que tem característica de treinamento. 'Ajuda a treiná-lo até que se acostume a andar ao lado do dono', explica o empresário Pereira. É ideal, segundo ele, para raças como pitbull. 'Se colocar uma peitoral, por exemplo, ficará puxando e o dono precisará colocar muita força para não ser arrastado pelo cão', acrescenta.

Os modelos de enforcadores de corda, nylon ou de couro ou os ajustáveis com limitador são melhores por serem mais confortáveis e seguros para o cão. 'Mas quando não são utilizados corretamente, o cão se acostuma com o desconforto do enforcador e continua puxando a guia, sendo enforcado o tempo todo durante o passeio', alerta o adestrador André Barreto.

O adestrador comenta que, se usada de forma correta, a coleira será um acessório de contenção e treinamento. Mas só irá ajudar na mudança de comportamento do cão se ele aprender a respeitá-la, comportando-se melhor durante o seu uso. 'Algumas teorias de que certos tipos de coleira deixarão o cão menos dominante e mais confiante são um exagero. O que muda o comportamento de um cão é o condicionamento não a coleira', opina.

Há modelos com funções específicas
Além dos modelos tradicionais, o mercado oferece até coleiras com GPS, para localizar animais fujões, e as antilatido, que são acionadas a partir da vibração das cordas vocais do animal. Quando ele late, a coleira emite uma correção sonora em uma intensidade que o incomoda. Mas o adestrador André Barreto tem ressalvas em relação a esses produtos. 'Dependendo do modelo não indico, como coleiras que dão choque, por exemplo. Muitas vezes elas geram mais problemas comportamentais ao cão. As que espirram produtos nem sempre funcionam', justifica.

Segundo ele, no lugar de procurar soluções desse tipo, o dono deve, em primeiro lugar, checar se está suprindo as necessidades básicas do cão, como água, comida, atenção, carinho, companhia e atividades física e mental. 'Se mesmo assim ele late em excesso, deve procurar um especialista com experiência em comportamento para auxiliar no treinamento', aconselha.

Já a Headcollar é uma coleira que envolve a cabeça e o focinho do cão, o que torna mais fácil sua condução sem machucar e nem enforcar. De acordo com Barreto é uma espécie de cabresto para cachorro. 'Excelente opção para condução e controle de cães médios e grandes, principalmente para aqueles que puxam muito a guia ou com problemas de agressividade com pessoas ou animais. Facilita muito o controle do cão', afirma.


Fonte: Jornal A Cidade - Publicado neste site em 08/09/2012

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