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SOS por um punhado de cães de busca e salvamento

O centro de reabilitação de cães de busca e salvamento em Vila Fria, Viana dos Castelo, que já enviou equipas cinotécnicas para catástrofes no Haiti, Turquia, Filipinas, Brasil, Chile ou Indonésia, pediu hoje apoios para garantir salvamentos futuros.

Koi, um golden retrivier cruzado com flat-coated retrivier, com quatro anos de idade, é um dos cães de busca e salvamento treinado em Vila Fria. 

Ele e o seu treinador, Nuno Vieira, partiram para a Turquia, em 2011 - altura em que um terramoto de 7,2 na escala Richter atingiu aquele país, matando centenas de pessoas e ferindo milhares - e ajudaram a identificar uma idosa que, posteriormente, foi salva dos escombros.

Um outro caso feliz foi o salvamento de uma criança no Haiti, em 2010, pela equipa cinotécnica composta por Marco Saraiva e pelo boxer Eicko, recorda, à agência Lusa, Luca Conde, também treinador no centro de reabilitação de cães de busca e salvamento em Vila Fria.

A ida de uma equipa cinotécnica para uma zona de catástrofe no estrangeiro custa sempre, 'no mínimo 1.500 euros', disse Luca Conde, treinador de cães para salvamento.

Uma deslocação ao Haiti, contudo, pode custar cerca de quatro mil euros. Dessa despesa, o centro de reabilitação de cães de busca e salvamento em Vila Fria tem de suportar os custos do vestuário, calçado e alimentação, sendo a viagem, na maior parte das vezes patrocinada por uma universidade catalã, acrescentou.

Falta de dinheiro para alimentação, vestuário, calçado, equipamento para os cães e formação são algumas das necessidades do centro de reabilitação de cães de busca e salvamento em Vila Fria e dos seus treinadores.

'Sem dúvida os nossos principais problemas são os custos de formações, custos com materiais de trabalho, custos de vestuário e calçado e os custos de uma missão fora do país', disse à Lusa Luca Conde, pedindo ao Governo, empresas e sociedade civil para lhes dar apoio logístico, a fim de poderem manter as operações de salvamento.

'Não estamos a pedir dinheiro, queremos só realmente [apoio] para logística', acrescentou Luca Conde, explicando que a filosofia daquele centro é o treino dos canídeos pelo 'reforço positivo' e o 'respeito pelo cão'.

A escola de treino de cães para busca e salvamento de Vila Fria faz parte da Associação de Resgate do Norte K9 e integra a Organização Não Governamental (ONG) k9 de Creixell (Barcelona/Espanha). Atualmente, recebe apoios da Universidade Rovira y Virgile da Catalinha (Catalunha/Espanha) para pagar as viagens das equipas cinotécnicas às zonas de catástrofe.

Os cães treinados em Vila Fria - que já foram à Turquia, Haiti, Filipinas, Indonésia, ou Brasil - só procuram pessoas vivas desaparecidas em catástrofes, mas no grupo da OGN K9 (K9 significa 'canine' em inglês ou seja canino), há também cães de cadáver, ou seja, cães que procuram pessoas mortas. 

Num contexto de catástrofe, os cães procuram primeiro pessoas vivas durante cerca de sete dias, em locais devidamente identificados, e só depois é que avança para o terreno o cão de cadáver.

Os treinos para os cães reconhecerem o cheiro de pessoas, droga, telemóveis ou de um simples Compac Disc é sempre feito através de 'um reforço positivo', porque o 'cão procura por brincadeira', explica Luca Conde, referindo que os treinos são um trabalho, mas para os cães são 'um jogo' e não 'uma obrigação'.

O que aqueles cães estão preparados para procurar são pessoas a 'metros e metros de profundidade' e que nem se ouvem se gritarem. O faro apurado dos animais permite detetar vida humana, muitas vezes auxiliados por canais de vento, que trazem o odor de humano com vida à superfície, explicou Luca Conde.


Fonte: Os Bichos - Publicado neste site em 23/03/2013


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