Associação de cientistas brasileiros reprova resgate de cães em São Roque
Segundo SBPC, o Instituto Royal está de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou uma nota em que descreve como fruto de 'desconhecimento' o ato de sexta-feira (19), durante o qual ativistas invadiram um laboratório de São Roque (66 km de SP) para resgatar cães da raça Beagle que eram usados em testes.
'A invasão e a retirada de cães usados em pesquisa e a depredação de parte de suas instalações, revela o desconhecimento por parte de quem praticou tais atos sobre a importância da utilização de animais para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para o ser humano bem como de outras espécies animais', publicou a organização em seu site.
Segundo a SBPC, o Instituto Royal, que é privado, classifica-se como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e age de acordo com normas internacionais, como a da ISO (Organização Internacional pela Padronização, na sigla em inglês).
A associação diz, ainda, que o Royal está de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é fiscalizado pelo Inmetro, além de ter realizado 'várias pesquisas, que contribuíram para o desenvolvimento de novos medicamentos e biofármacos para a indústria farmacêutica nacional'.
Pode-se dizer que a SBPC está entre as organizações acadêmicas mais respeitadas do país. Um advogado do Instituto Royal disse que nunca foi encontrada uma irregularidade no procedimento.
Vigilância Sanitária
Por meio de nota, a Anvisa esclareceu que não é responsável pela supervisão desse tipo de testes, regulamentado pela Lei Arouca, de 2008.
O órgão governamental se defendeu, dizendo que há 2 anos trabalha em conjunto com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para encontrar métodos alternativos aos testes laboratoriais em animais vivos.