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Como preparar seu cão para a chegada do bebê 

Conselhos para lidar com os ciúmes do animal, regras de convivência e cuidados com a higiene 

Na casa dos Diener, o Benjamin e o Tov foram encomendados ao mesmo tempo. Não, eles não são irmãos gêmeos – apesar de às vezes agirem como se fossem. É que o Tov - um bulldog francês - chegou na família uma semana antes de Luíza Diener descobrir que estava grávida de Benjamin. 

“A gente tinha perdido um cachorro havia pouco tempo e eu queria muito outro, mas cheguei a considerar a hipótese de devolvê-lo para o canil, em função da chegada do bebê”, conta a mãe, ex-adestratora e blogueira do Potencial Gestante.

Durante este momento de indecisão, Luíza mal podia imaginar que, se tivesse mesmo devolvido o bichinho, seu filho, hoje com 1 ano e meio, teria perdido um grande amigo. Tov foi uma das primeiras palavras que Benjamin aprendeu a falar. Eles brincam juntos, disputam os mesmos brinquedos e adoram passear juntos, o que, segundo Luiza, torna as coisas bem difíceis quando está sozinha com os dois.

Construa uma relação de confiança entre o animal e a criança
Mas a relação tranquila e de confiança da dupla foi cuidadosamente construída. À medida em que a barriga de Luiza começou a crescer, a casa foi se modificando e o casal começou os preparativos para o nascimento, Tov também entrou em ritmo de preparação. Dar uma voltinha pelo quarto do bebê, cheirar as roupinhas que estavam sendo lavadas e não ficar mais no colo o tempo todo, foram algumas das etapas do “treinamento pré-bebê”.

Exatamente como indica a dra. Marta Lúcia Monte Carmello, médica veterinária e acupunturista. Segundo ela, se o animal for preparado para essa chegada, tudo deve correr bem, tanto para a relação entre ele e o bebê como para a saúde do próprio animal.

“Em alguns casos, as novas mamães chegam para mim com um cãozinho doente, deprimido, sem comer. A mudança brusca de rotina e atenção é muito intensa para eles”, completa.

Cinco regras para você treinar seu pet para que ele não tenha ciúmes do bebê
1 – Se a futura mamãe é quem faz tudo com o animal deve começar a dividir as tarefas com alguém bem antes do nascimento. Levar para passear e dar comida são funções que precisam ser divididas com outras pessoas, como o marido ou alguém que estará na casa nos primeiros dias do bebê.

2- Se o pet tiver trânsito livre pela casa, o ideal é fechar a porta do quarto do bebê em alguns momentos do dia, para que ele entenda que ali é uma área restrita, que ocasionalmente estará fechada.

3- Pode parecer estranho, mas você pode andar com uma boneca pela casa de vez em quando, para que ele se acostume com a presença de alguém no seu colo.

4 – Antes de o bebê sair do hospital, é importante levar uma roupinha que ele já tenha usado para o bichinho cheirar. Isso antes de o bebê voltar para a casa, porque assim o animal vai se acostumando com o ‘novo cheiro’.

5 – Dois a três meses antes do nascimento a dra. Marta costuma recomendar algum Floral de Bach que ajude na mudança de rotina. Isso vale sobretudo se o seu animal de estimação é do tipo “chicletinho”, que fica sempre grudado em você.

A veterinária também lembra que o sucesso de qualquer ‘estratégia’ de boa convivência depende do temperamento do animal e que o bom senso dos donos é essencial na hora de promover essa aproximação.

Luíza conta que fez um verdadeiro ritual de aproximação quando Benjamin chegou em casa. Assim que eles saíram do hospital, foram para a casa do avô da Luíza, então o encontro oficial foi quando Benjamin já tinha duas semanas.

“O Tov cheirou e até lambeu o bebê. Eu não me importei, porque é assim que um cachorro identifica as coisas. Hoje, o Benjamin nem sempre respeita o Tov, mas o Tov respeita o Benjamin sempre”.

A convivência de crianças com animais faz bem
Muita gente ainda têm reservas em relação à convivência entre crianças e animais. Faz bem? Faz mal? E os pelos? E a higiene?

Os dados de uma pesquisa chamada Radar Pet, encomendada em 2009 pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindam), ressaltam os benefícios da relação entre cães e gatos com os seus donos e mostram que os ganhos superam em muito os eventuais problemas.

O estudo demonstrou que o contato com animais domésticos torna os bebês menos suscetíveis às alergias e dermatitis. Uma redução de rinites alérgicas em algumas fases da infância também pode ser observada.

Para as crianças, essa proximidade contribuiu para a redução da ansiedade, interfere positivamente no desenvolvimento da linguagem e das habilidades motoras. A companhia de animais é usada, inclusive para fins terapêuticos. Além disso, crianças que cuidam de bichinhos de estimação apresentaram maior habilidade social e um consequente aumento da auto-estima.

O Dr. Andre Prazeres, médico veterinário da Konig Brasil e tesoureiro da Comac / Sindan, lembra que esse contato melhora a imunidade específica do bebê, diminuindo consideravelmente os quadros alérgicos. Além disso é um importante fator para a socialização da criança.

No período de crescimento, o convívio com animais de estimação ajuda a reduzir a incidência de doenças atópicas – provocadas por alguma reação alérgica. Também fornece novas informações a respeito do potencial imunológico e do mecanismo genético da criança, gerando dados que podem contribuir para novas estratégicas de prevenção de doenças alérgicas.

Ainda assim, o estudo revela que existe resistência das famílias com filhos pequenos na hora de adquirir um animal de estimação: 44% das casas que têm um pet são formadas por casais com filhos adolescentes e esse percentual diminui para 16% em casas com crianças de até 9 anos.

Especificamente em relação à saúde, o dr. Prazeres menciona um outro achado do estudo: os animais que permanecem em casa depois da gravidez são postos em segundo plano e o principal indício deste fator é a redução de cuidados com o animal, sobretudo no que diz respeito à vemifugação.

E comenta: “É incrível como isso acontece exatamente em lares com crianças pequenas, onde a atenção deveria ser redobrada, porque o risco de uma contaminação quando existe acompanhamento veterinário é muito baixo”.

Para ele, o segredo da felicidade entre animais de estimação e bebês e crianças pequenas estaria na fórmula: “vacinação, vermifugação freqüente, banhos regulares e uma boa educação, é isso que garante a convivência saudável entre os pets e os bebês”.


Fonte: CenárioMT - Publicado neste site em 01/03/2012

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