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Campeão de sled dog é do Brasil


Divulgação

Quem disse que brasileiro não manda bem em esportes de neve? Julio César Casares Filho, 17 anos, foi o primeiro a participar do campeonato sul-americano de sled dog (trenós puxados por cães), que rolou em Ushuaia, na Argentina. Logo na estreia o paulista faturou o primeiro lugar.

Para percorrer 21 quilômetros em cada um dos cinco dias, o garoto se preparou quatro meses antes. Apaixonado por cães, começou a treinar a equipe (formada por seis cães e dois reservas) da raça malamute do Alasca e husky siberiano em triciclo adaptado em estrada de terra. 'Tem de ter relação muito boa, porque eles retribuem o carinho', explica.

Dois meses antes de competir, Julio enviou os bichos para se acostumarem ao clima. Faltando um mês, foi a vez do garoto ir para treiná-los. 'No início foi difícil. Exige resistência e preparo, além de lidar com as temperaturas baixas', afirma o garoto, que competiu com os termômetros marcando - 15ºC. Agora com o troféu na mão, ele aguarda novos desafios.

COMPETIÇÃO

O sled dog é uma corrida de trenó puxada por cães. É conhecida como esporte desde o início do século passado. A prática, também é usada como meio de transporte ou para a caça. Foi admitido como esporte em 1932, nos Jogos Olímpicos de Inverno, nos Estados Unidos.

Julio garante que os cães não ficam desgastados. 'Está no DNA deles. Eles gostam do que fazem e entendem como é brincadeira', diz Julio.

Quanto à mudança de temperatura, isso não atrapalha a adaptação dos cães. 'No Brasil eles não desenvolvem o sub-pelo, que é a camada mais interna da pelagem para aquecê-los nas baixas temperaturas. Por isso, foi importante levá-los antes para a Argentina para que pudessem desenvolver', afirma.

Para levar o primeiro lugar e desbancar as 23 equipes que participaram, Julio precisou fazer o menor tempo durante os cinco dias de competição. Conforme os dias passam o desempenho vai melhorando, porque o cão toma conhecimento do caminho.

'É importante que a minha relação com os líderes (os dois cães que ficam a frente do trenó) seja muito boa para executem os comandos.' Ele conta que o trajeto na Argentina não foi nada fácil. Árvores, subida, descida e túnel faziam partes dos obstáculos. 'Na subida preciso sair do trenó e ajudar os cães. Exige muito', ressalta.

O descanso também é fundamental para os animais. Após percorrer percurso no dia, eles são alimentados e tem período de descanso. Além disso, veterinários ficam a disposição das equipes que avaliam se os cães têm condições de continuar a competir.

Julio conta que no início os amigos ficaram surpresos com a modalidade escolhida por conta da diferença de temperatura. 'Mas depois acharam legal e me incentivam. Alguns até viajaram para prestigiá-lo', afirma.

PAIXÃO

Julio é apaixonado por cães de neve desde a infância. Há três anos montou um canil, em que ele mesmo administra em Boituva, no interior de São Paulo. Ao todo são 30 cães. 'Antes só os levavam em exposições de beleza. Sempre ganhavam prêmios, porque não há muitos criadores no País', diz.

O contato com o esporte é recente. O garoto viajou para Ushuaia no ano passado, onde conheceu Alberto Cichero, administrador do centro invernal Llanos de Castor. 'Soube que tinha cães nórdicos (específico para o esporte) e recebi o convite para participar', afirma.

O garoto está concluindo o Ensino Médio e pretende prestar Rádio e TV. Quer continuar competindo e torce para que mais equipes brasileiras pratiquem o esporte.

Divulgação




Fonte: Diário do Grande ABC - Publicado neste site em 11/08/2012




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