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Homenagem Pet - Acenda uma Vela para seu Pet
Na contramão do abandono, donos mostram carinho e atenção com cães idosos

Apaixonados pelos animais procuram amenizar as dificuldades enfrentadas pelos bichinhos

O cãozinho Schoep, 20 anos, ficou famoso no ano passado por uma foto compartilhada na internet. Na imagem (abaixo), o animal aparecia dormindo nos braços do dono, John Unger, em um rio, nos Estados Unidos. Na época, Unger explicou que o bichinho sofria de artrite e complicações de velhice e só na água conseguia relaxar.


Infelizmente, meses depois da fama repentina, Schoep faleceu, mas a dedicação de seu dono comoveu pessoas ao redor do mundo.

Em Campo Grande, a administradora Loren Garcia, 47 anos, vive uma história parecida. Sua labradora, Sally, 14 anos, luta contra um câncer e está bastante debilitada. “Achei que semana passada ela fosse partir”, comenta.


Mas Sally está resistindo a cada dia. Loren constantemente refuta os conselhos de pessoas próximas. “As pessoas dizem que ela está sofrendo e é melhor fazer a eutanásia, mas enquanto a Sally tiver o brilho no olhar, não consigo nem pensar nessa possibilidade”, afirma.

Para proporcionar uma vida confortável à cachorra, os esforços da dona são valiosos. “Dá trabalho, mas ela é um membro da família. É muito recompensador poder cuidar de um animal idoso”.

Rejeição
A veterinária Raquel Masae Hosokawa revela que muitas pessoas abandonam os animais depois que eles atingem certa idade. “Eles simplesmente dizem que não aguentam mais”, relata a profissional.

É comum que cães e gatos idosos se tornem mais pacatos e sedentários, podem engordar e ter dificuldades para caminhar e brincar.

Mas, mesmo com todas as dificuldades físicas, os bichinhos ainda demonstram o mesmo carinho e afeto pelos donos. “A Sally é engraçada”, diz Loren. “Ela faz esforços monumentais apenas para estar perto de mim. Estou aprendendo muito com ela. Todos seremos idosos e vamos querer que nos tratem da mesma forma. É de uma insensibilidade sem tamanho abandonar um animal assim”, argumenta.

A graduada em Letras, Laís Toledo, 22 anos, tem a mesma percepção de sua convivência com o poodle Chico, que completa nove anos. “Você percebe pelo olhar que ele está velhinho”, diz Laís. “Mas ainda faz festa quando chegamos em casa, é o mesmo cachorro que eu cresci junto, desde os meus 12 anos”.

Recompensa
“Quem tiver disposição e possibilidade de adotar um animal idoso, a gratidão desse animal é impressionante”, diz Loren.

Nos 14 anos juntas, a cadela Sally acompanhou momentos marcantes da vida da dona. “Ela fez parte de momentos difíceis, como a perda da minha mãe, nós duas temos uma ligação muito forte”.

Loren sabe que a jornada de Sally está na reta final e tem se preparado para encarar os fatos. “Eu acho que ela cumpriu a parte dela e eu estou cumprindo a minha. Um dia vou ser recompensada, aliás, já estou recompensada por ela, isso marca nossa vida”, conclui. 


Fonte: Correio do Estado - Publicado neste site em 05/07/2014


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