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Acusado de maus-tratos a 56 pit bulls desiste de guarda e não é julgado

Ex-dono dos animais também terá que pagar multa de dois salários mínimos.
Animais foram resgatados pela polícia em chácara de Aparecida de Goiânia.

Fotos mostram como Maggie foi encontrada e a situação atual dela, em Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução/ Recanto dos Pit Bulls)
Fotos mostram antes e depois de cães resgatados (Foto: Reprodução/ Recanto dos Pit Bulls)

O criador de cães Camilo Godinho Neto, que era acusado de maus-tratos aos 56 pit bulls que possuía, aceitou um acordo oferecido pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para evitar que ele fosse julgado pelo crime, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. O trato foi feito durante a audiência de instrução e julgamento realizada nesta terça-feira (1º), no 1º Juizado Criminal da cidade. Os animais agora continuam sob a reponsabilidade do Recanto dos Pit Bulls.

No acordo, ficou decidido que Camilo abre mão da guarda dos animais e também deve pagar multa de dois salários mínimos. “Esse é um direito previsto em lei, pois o Camilo tinha bons antecedentes. Agora, ele não pode mais usar esse benefício por cinco anos”, explicou ao G1 a juíza Liliam Margareth da Silva Ferreira.

“É difícil definir esse momento. Nós estamos felizes porque acabou essa luta, mas gostaríamos que ele tivesse sido julgado pelo crime de maus-tratos contra os animais”, disse Meibel Veríssimo, responsável pelo abrigo que ganhou a guarda dos cães após as denúncias.

O G1 tentou contato com o advogado de defesa de Camilo, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Em junho, quando ocorreu a primeira audiência do processo, o homem negou que cuidasse mal dos cães. 'Crio animais há dez anos. O aspecto de magreza é típico daquela raça', disse.

Segundo Veríssimo, a partir de agora os cães serão castrados e colocados para adoção. “O processo de adoção será rigoroso, para evitar que os animais voltem a sofrer maus-tratos e abandono”, afirmou.

A audiência já tinha sido adiada duas vezes. Na última sessão, realizada no dia 8 de janeiro deste ano, a juíza remarcou a audiência por falta de presença de algumas testemunhas. Na primeira, no dia 20 de novembro do ano passado, o réu não compareceu e apresentou atestados médicos.

Maus-tratos

Os animais foram localizados no dia 8 de março do ano passado, depois que policiais resolveram apurar uma denúncia anônima de porte ilegal de armas. Chegando ao local, além de comprovarem o crime, encontraram 57 cães vivendo em situação de abandono - um deles morreu no decorrer deste período. Outros 55 galos e 20 porcos também foram localizados na chácara. Veterinários que avaliaram os animais acreditam que eles participavam de rinhas.

Por conta da situação, o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia de maus-tratos contra Camilo. Ao saber do fato, Meibel Veríssimo, que é responsável pelo Recanto dos Pit Bulls e diretora do Hammã, grupo de apoio a animais abandonados, requereu e ganhou na Justiça a tutela provisória dos cães. No dia 11 de abril do ano passado, ela foi até a chácara, que fica no Setor Jardim Continental, e resgatou os bichos. Atualmente, os animais ainda vivem no Recanto dos Pit Bulls


Fonte: G1 - Publicado neste site em 14/06/2014




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